Como é que a Água Monchique se associa a esta iniciativa?
Quando acolhi uma família no projeto onde havia duas crianças doentes oncológicas, uma delas, inclusivamente, transplantada. Tendo tido conhecimento, na altura, das suas necessidades especiais, nomeadamente em relação à água, resolvi contactar a Água Monchique para poder facultar não só a essa família, mas a todas as famílias do projeto as melhores águas no mercado. Neste momento, existe mais uma família com uma doente oncológica.
Conta com o apoio de voluntários?
A confeção é única e exclusivamente da minha responsabilidade. Conto com a ajuda da minha filha, Shabina, para o registo fotográfico e em vídeo e também no embalamento das refeições. Conto, ainda, com a ajuda de quatro voluntários na distribuição das refeições às famílias que residem mais longe.
Como é que este projeto tem sido acolhido pela comunidade?
Confesso que, no início, tive receio de o tornar público, pois não sabia como é que essa ideia seria recebida pelas pessoas que me rodeavam. Mas, à medida que o número de famílias foi crescendo, senti a necessidade de partilhar e apelar à solidariedade dos meus amigos, clientes e conhecidos. Hoje em dia, o projeto já conta com mais de um ano, graças à solidariedade e boa vontade dos “anjos sem asas” (os voluntários anónimos que altruistamente contribuem).
Pondera manter o projeto com o “final” da pandemia?
Sim, sem dúvida. Antes da pandemia muitas das famílias que ajudo, nomeadamente sem-abrigos, já se encontravam em situação de fragilidade socioeconómica. Com o surgir da pandemia, a situação destas famílias só piorou. E se, felizmente, a maior parte da população está a retomar as suas vidas e suas rotinas gradualmente, estas famílias em questão ainda não.
Perfil Samim Essufo:
Nome: Samim Essufo
Idade: 42
Profissão: Cake Designer
Residência: Almada
Sobre mim: “Gosto de viajar, mas adoro regressar ao meu cantinho. Gosto de sorrisos fáceis, mas adoro a descrição. Gosto de pessoas simples, mas adoro o requinte. Para mim, o camarão frito come-se com as mãos, no entanto, uma simples laranja merece ser servida num prato de sobremesa, já cortada em forma de flor, salpicada com um pouquinho de sal e cominhos, para ser degustada com talheres de sobremesa”.