Entrevista

01 Fevereiro 2022

Artigo de opinião do CEO da Água Monchique na Supply Chain Magazine

Opinião de Vítor Hugo Gonçalves sobre as principais transformações que a pandemia trouxe e que vieram para ficar

Do manual para o digital, do global para o regional, do físico para o on-line, do presencial para o remoto…estas são algumas das grandes transformações estimuladas pela Covid-19 e que impactaram a sociedade como um todo.


A enorme capacidade de superação e de inovação, transversal aos vários setores da sociedade, e demonstrada ao longo dos últimos dois anos, deixou o tecido económico mais bem preparado para enfrentar futuras disrupções, através da incorporação de melhores práticas, processos e ferramentas que facilitem a recuperação e o crescimento.


Acima de tudo permitiu-nos dar a garantia de que, em toda e qualquer situação crítica, as operações das empresas mantêm-se e não podem parar. A capacidade dos líderes tomarem rápidas decisões, que provocam ações imediatas, permitiu, num cenário caótico, continuar a servir os consumidores, sem nunca descurar o apoio e o bem-estar dos nossos colaboradores.

Os consumidores demostram ter uma maior apetência por marcas e produtos transparentes, que lhes suscitam confiança, que são autênticos e demonstram um interesse genuíno pelo meio ambiente, mas que também se preocupam com a saúde e bem-estar dos seus colaboradores.


Outro dos grandes vencedores desta pandemia é o comércio de proximidade. O consumo do que é nacional, que já estava em crescimento nos últimos anos assumiu, na pandemia, as preferências de grande parte dos consumidores.


A digitalização emerge como chave para moldar oportunidades de negócio. O aumento da digitalização resulta numa logística mais resiliente e ágil, e onde a rápida partilha de informação permite uma resposta quase imediata às abrutas mudanças na oferta e na procura.


A “deslocalização” da produção para mercados de proximidade é outra realidade que perdurará no pós-pandemia, como forma de reduzir/conter custos, gerir políticas fiscais e disponibilidades do mercado local. A estratégia deve ser no sentido de reequilibrar a balança entre cadeias locais, regionais e globais.



Perante um cenário de incertezas, a modernização e a incorporação de tecnologia de ponta é essencial para termos um tecido industrial mais resiliente e preparado para uma resposta com sucesso.


As mudanças operadas no trabalho com o avanço gradual para um modelo híbrido, que transforma os escritórios e armazéns em espaços de colaboração e inovação e que nos “obriga” a desenvolver mecanismos para assegurar a produtividade e o espírito de equipa, é outro dos grandes desafios provocados pela pandemia!


O comércio eletrónico é também uma realidade que “explodiu” na pandemia e à qual não podemos ficar indiferentes, o que implica cadeias de abastecimento capazes de dar resposta tanto a lojas físicas como virtuais e apresenta-se como uma oportunidade para “reiniciar” ou readaptar negócios.


A oferta de produtos e serviços personalizados, disponíveis a qualquer hora e em qualquer lugar, que permitem responder às preferências únicas de cada cliente, é essencial na experiência de compra e continua a ser a base de um serviço de excelência.


Vítor Hugo Gonçalves, CEO Sociedade da Água de Monchique